Take Your Cross.

Esse é mais do que um lema. É um chamado. Um lembrete diário de que a vida cristã não é feita de conforto, mas de combate. A cruz não é um adorno: é um peso real, um instrumento de sacrifício, disciplina e entrega.

E é nesse espírito que lançamos nosso primeiro blog. Este será um espaço para compartilhar reflexões, experiências e provocações que nos lembrem daquilo que Cristo nos ordenou: carregar nossa cruz e segui-Lo.

Nosso objetivo é trazer aqui, pelo menos uma vez por mês, palavras que inspirem e acrescentem algo à sua vida. O texto que você verá a seguir trata exatamente disso: o confronto entre carne e espírito e o chamado radical que nos foi feito. Espero que curta!

 

É engraçado como você conversa consigo mesmo quando decide tomar um banho gelado às 5h45, mas fez essa promessa no calor da sua cama na noite anterior. Talvez, para você, não seja o banho, mas comer de forma saudável, treinar regularmente ou vencer um vício.

Todos nós já sentimos o medo, a dúvida e a voz do sabotador que tenta destruir nossas melhores intenções. Essa luta é a prova clara de que carne e espírito são realidades separadas, e a própria Escritura nos mostra o que isso significa.

Quando Cristo diz: “tome a sua cruz e siga-me”, a violência desse chamado passa despercebida por muitos. A cruz era um instrumento criado para destruir o corpo, para devastar completamente a carne. Seguir Cristo significa, espiritualmente, colocar valores e convicções acima do conforto — e até mesmo da vida. É morrer para si mesmo diariamente.

Os provérbios nativos falam de dois lobos e de alimentar apenas um. Os budistas pregam que a paz vem ao ignorar o sofrimento. Mas só em Cristo encontramos algo mais profundo e radical: a ordem de matar o próprio ego todos os dias.

É no banho gelado às 5h45.
É no treino quando o corpo pede descanso.
É no sacrifício dos desejos por amor a outra pessoa.
É no serviço altruísta que custa a si mesmo.
É na execução violenta dos desejos carnais.

É aí que você encontra liberdade.

Sim, existe vida — mas só é encontrada quando morremos para nós mesmos.

 

“Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a sua vida por minha causa, achá-la-á.” (Mateus 16,25)